quinta-feira, 5 de maio de 2011

Diário de bordo

A educação sempre é um dos aparelhos ideológicos do Estado e como tal, sempre sofre as transformações ocorridas na sociedade. Detendo-se há uma delas que mudou todas as bases da sociedade nas ultimas décadas, foi à introdução da tecnologia, hoje é quase impossível utilizarmos de um serviço qualquer, sem o seu auxilio. Tínhamos a impressão de que antigamente vivíamos em uma redoma de vidro, numa caixa, enxergávamos apenas aquilo que a mídia com seus olhos vorazes nos demonstravam. Mas de repente a caixa de pandora se abriu, e a nova tecnologia veio à tona, e fomos obrigados a engolir cápsulas enormes, sem antes mesmo tendo tempo de digerir as novas informações. Ainda, esse conhecimento, alijado das demais as classes trabalhadoras, foram postos a tona no meio da sociedade. A partir do momento que se tornou necessário ao capital, que a classe trabalhadora também tomasse conhecimento dessa nova tecnologia, começaram a surgir vários cursos de informática. É necessário aqui entender, que a aquisição de novos conhecimentos, parece ser a engrenagem principal das relações de trabalho postas hoje em dia. A tecnologia foi vista então como um grande potencial para trazes mudanças a educação, foi vista como redentora a uma educação já enfraquecida pelos modelos atuais. Mas o que se tem visto é ao contrario, pois com os cursos que são ofertados, nos dão a impressão de que aprende-se sem sair da poltrona de casa, a educação então se tornou mais uma vez um produto de mercado, o que é uma das mais angustiantes inquietações de nós educadores. Os objetivos então se confundem. Onde realmente acontece a educação? Em casa, ou nos bancos escolares? Não se pode mais utilizar os discursos de que o ensino é uma Educação Bancaria como preconizada por Paulo Freire. O papel do professor está em constante transformação, e decorrente disso, sempre estão tentando levar o aluno a um conhecimento crítico, apesar das péssimas condições de trabalho, dos salários congelados, da falta de reconhecimento social, falta de autonomia pedagógica, entre outras mazelas que assolam a nossa profissão. Vê – se então a grande necessidade de cursos de formações continuadas para os profissionais da educação, esses cursos tem que ultrapassar os muros das universidades e mostrar realmente na pratica como estão às bases do ensino hoje em dia, claro sem deixar de por em primeiro lugar e com grande relevância o saber cientifico que permeia a nossa pratica pedagógica, inclusive no tocante das novas tecnologias que estão postas em nossas salas de aula. Pois a tecnologia está aí, podemos ter a certeza de que todos aprendem através dela, nós professores e alunos, mas no entanto eles não vem com manual de como aplicá-los e como dosar o conhecimento, para que nós não o burocratize ou acabe com a criatividade dos nosso alunos, que estão sempre ávidos a coisas novas, que ultrapassem a educação tradicional. Tathiane Stanguerlin

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